Cinco pessoas foram presas e 31 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em quatro municípios
Por Hiago Muniz
A Polícia Civil do Tocantins, por meio da 3ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC - Araguaína) e da 2ª Divisão Especializada de Repressão a Narcóticos (DENARC - Araguaína), em ação conjunta com a Polícia Federal (PF), deflagrou nesta quarta-feira, 4, a Operação Cerberus, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa com atuação na região norte do Tocantins, envolvida em crimes contra instituições financeiras, comércio ilegal de armas de fogo, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Ao todo, cinco pessoas foram presas e 31 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios tocantinenses de Araguaína e Wanderlândia, Altamira (PA) e Imperatriz (MA), todos expedidos pela 1ª Vara Criminal de Araguaína. Durante a ação, foram apreendidas 13 armas de fogo e mais de 15 quilos de drogas análogas à maconha e à cocaína.
Durante as investigações, foi constatado que os indivíduos residentes em Araguaína participaram diretamente de ataques violentos contra instituições bancárias, além de envolvimento na lavagem de capitais oriundos dessas ações criminosas.
As investigações revelaram ainda que um estabelecimento comercial de venda de armas de fogo estava sendo utilizado para o fornecimento ilegal de armamentos a indivíduos com antecedentes criminais, especialmente ligados ao tráfico de entorpecentes. Diante dos indícios, o funcionamento do local foi suspenso por decisão da Justiça.
Conforme explica o delegado Márcio Lopes da Silva, titular da 3ª DEIC e responsável pelo caso, a operação representa o combate efetivo às organizações criminosas que atuam na região. “Essa ação representa um avanço significativo no combate às organizações criminosas que atuam de forma organizada e violenta em nossa região. A integração entre as forças de segurança foi fundamental para desmantelar essa quadrilha, que praticava crimes graves contra a sociedade, como ataques a instituições financeiras, tráfico de drogas e comércio ilegal de armas", afirma.
Força Empregada
A ação contou ainda com o apoio da Polícia Militar do Tocantins, da Receita Estadual, do Exército Brasileiro e da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/TO).
Operação Cerberus
O nome da operação faz referência à figura mitológica do cão de três cabeças que guardava os portões do mundo dos mortos, simbolizando a tríade de crimes investigados e a atuação integrada das forças de segurança pública.
Vítima tem 65 anos e registrou caso na 1ª Delegacia de Atendimento à Vulneráveis de Palmas. Polícia Civil faz alerta sobre as características do golpe
Por Rogério de Oliveira
A Polícia Civil do Tocantins, por meio da 1ª Delegacia de Atendimento à Vulneráveis (1ª DAV) de Palmas, alerta toda a população a respeito de um golpe que tem sido praticado em Palmas e também no interior do Estado. Trata-se do golpe do vale-gás, em que uma pessoa se apresenta em residências de idosos, ando-se por representante de uma empresa que estaria fazendo o credenciamento de cidadãos para a obtenção do benefício.
A delegada Ana Carolina Coelho Marinho Braga, titular da 1ª DAV, explica que, no início do mês de maio, uma mulher de 65 anos registrou ocorrência informando que foi vítima do golpe. Um homem foi até sua casa alegando realizar um cadastro para um benefício social, coletou seus dados pessoais e tirou fotos — que, na verdade, foram utilizados para contrair dois empréstimos em bancos digitais, totalizando um prejuízo de quase R$ 25 mil.
“Diante da gravidade dos fatos, de imediato abrimos um procedimento investigativo com a intenção de apurar os fatos, ressaltando que o autor chegou a entregar um cartão do suposto vale-gás para enganar a vítima, quando, na verdade, abriu conta e realizou empréstimos fraudulentos em seu nome”, disse a autoridade policial.
Após a realização de diligências investigativas, foi constatada a prática de estelionato contra idoso ou pessoa vulnerável, crime tipificado pelo artigo 171, § 4º, do Código Penal. Diante disso, o inquérito policial será finalizado e remetido ao Poder Judiciário, com vistas ao Ministério Público, para a adoção das medidas legais cabíveis contra os responsáveis.
A delegada Ana Carolina ressalta que todos os cidadãos — sobretudo os idosos, que compõem um grupo mais vulnerável da população — devem adotar algumas medidas para se prevenir contra golpes como o do vale-gás. “É essencial que a pessoa nunca assine documentos ou permita que pessoas desconhecidas tirem fotos do seu rosto ou dos seus documentos, bem como conferir regularmente seus extratos bancários. Além disso, é muito importante lembrar que informações sobre benefícios como o vale-gás devem ser obtidas única e exclusivamente nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), presentes na maioria dos municípios brasileiros”, frisou.
Além dos presos, a Polícia Civil também apreendeu quatro veículos de luxo avaliados em mais de R$ 1 milhão
Por Rogério de Oliveira
No início da noite desta segunda-feira, 26, a Polícia Civil do Tocantins, por meio da 1ª Divisão de Combate ao Crime Organizado (DEIC – Palmas), deflagrou a Operação Perfídia, que resultou nas prisões de quatro pessoas apontadas como integrantes de uma organização criminosa responsável por desviar mais de R$ 11, 8 milhões de duas empresas da Capital.
Durante as ações da Operação Perfídia foram apreendidos quatro veículos, ano 2025, sendo dois modelo Ford Bronco, uma camionete BYD Shark e uma camionete Ford Ranger. Conforme explica o delegado-chefe da 1ª DEIC, Wanderson Chaves de Queiroz, todos os veículos teriam sido adquiridos pelo grupo criminoso com o dinheiro desviado das duas construtoras e estão avaliados em mais de R$ 1 milhão.
Diligências e prisões
Durante toda esta segunda-feira, equipes da 1ª DEIC, com apoio de policiais civis da Diretoria de Repressão a Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO) e do Grupo de Operações Táticas Especiais (GOTE), diligenciaram em vários endereços pertencentes ao grupo criminoso, no sentido de dar cumprimento a várias medidas cautelares, como sequestros de bens, mandados de busca e apreensão e mandados de prisões preventivas.
Na Quadra 509 Sul, foram presos a mulher de iniciais I.A.S., de 40 anos, e seu marido, G.C.B., de 43 anos. Em seguida, as equipes foram para o Jardim Taquari e prenderam o homem de iniciais L.F.S., de 38 anos. Em outro endereço, na região central da cidade, os policiais prenderam o indivíduo de iniciais S.M.P., de 24 anos.
Como funcionava o esquema criminoso
A autoridade policial explica que o caso ou a ser investigado pela 1ª DEIC depois que os proprietários das empresas lesadas procuraram a Polícia Civil e informaram que possivelmente estariam sendo vítimas de golpes que ultraaram milhões de reais.
“Com base nos relatos e documentos apresentados pelos proprietários das empresas, iniciamos as investigações e constatamos que, dois funcionários das construtoras teriam se associado e com a ajuda de seus respectivos cônjuges, aram a praticar os crimes de furto qualificado mediante abuso de confiança, organização criminosa e lavagem de dinheiro, já que a mulher era responsável pela istração financeira das empresas e emitia as ordens de compra e que seu companheiro de trabalho ficava encarregado de fazer as compras”, informou o delegado.
Os montantes eram desviados em compras de combustíveis, materiais de construção e locação de máquinas que nunca eram entregues nos canteiros de obras das empresas lesadas. Além disso, há fortes indícios que os autores teriam incorrido também no crime de falsificação de documentos, delitos que poderão ser comprovados no decorrer das investigações.
O papel de cada um na organização criminosa
O delegado Wanderson detalha que a senhora I.A.S. era responsável pela área financeira da empresa e emitia as ordens de pagamentos que, por sua vez, eram adas para seu colega de trabalho L.F.S. que era responsável por fazer as solicitações de compras dos produtos, sobretudo combustível que nunca eram entregues.
De outro modo, G.C.B., marido de I.A.S., ficava responsável por pulverizar o dinheiro com a aquisição de veículos, imóveis e outros itens de luxo, os quais eram frequentemente negociados para dar uma aparência de legalidade aos crimes.
Empresa de combustíveis de fachada
O quarto envolvido nos crimes, S.M.P., companheiro de L. F.S., teria aberto uma empresa de venda de combustível de fachada. Essa empresa vendia combustível para as construtoras, entretanto, conforme apurado pela Polícia Civil, a empresa de fachada recebia os valores dos suspeitos, mas não entregava combustível algum. Somente com a simulação de compra de combustíveis, que não eram efetivamente entregues nas obras das empresas, os suspeitos desviaram R$ 9,84 milhões.
O grupo ainda desviou outro montante com a suposta aquisição de materiais de construção e aluguel de máquinas. Com a compra de materiais de construção e aluguel de máquinas, que nunca chegaram aos canteiros de obras das empresas, mas sim em uma obra particular de um dos envolvidos, foram desviados aproximadamente R$ 132 mil e R$ 1,199 mil.
Procedimentos
Presos, os quatros envolvidos foram conduzidos até a sede da 1ª DEIC, onde foram interrogados pela autoridade policial e em seguida, encaminhados para as Unidades Penais Feminina e Masculina da capital. As investigações continuam no sentido de elucidar todas as circunstâncias dos crimes e apurar se há outras pessoas envolvidas.
Para o delegado Wanderson Chaves, a Operação Perfídia alcançou todos os objetivos estabelecidos neste primeiro momento, pois todos os alvos investigados foram presos, bem como ativos de valor como os veículos de luxo foram apreendidos. “A Polícia Civil está atenta e atuante para investigar e solucionar qualquer tipo de crime que ocorra em Palmas e em todo o Tocantins. Nós não vamos permitir que o crime organizado cresça e se estabeleça no nosso Estado. Nós vamos agir em todas as frentes sempre com muito rigor e celeridade”, pontuou.
O diretor da DRACCO, delegado Afonso Lyra, classificou a operação como mais uma ação exitosa da 1ª DEIC, que desarticulou uma organização criminosa responsável por causar um prejuízo de milhões de reais a duas empresas do Estado. “As unidades especializadas da Polícia Civil têm trabalhado diuturnamente no sentido de trazer segurança para a população, atuando tanto nos crimes violentos, como também crimes que envolvem o colarinho branco e lavagem de dinheiro. A operação de hoje é um grande exemplo da capacidade investigativa da Polícia Civil, na qual foi possível desarticular um grupo criminoso que está sendo investigado por suspeita de ter desviado aproximadamente R$ 12 milhões. Então, com essas prisões e sequestros de bens, a Polícia Civil dá um o significativo em busca de elucidar mais esse crime e garantir mais segurança a toda a população”, disse.
Perfídia
A operação foi batizada de Perfídia em alusão ao termo que vem do latim e significa traição, deslealdade ou falsidade. O termo também descreve a quebra de confiança, especialmente em relações de lealdade ou compromisso, uma vez que dois dos envolvidos trabalhavam diretamente nas empresas lesadas.
Ao todo, seis mandados de prisão foram cumpridos, sendo cinco por estupro de vulnerável e um por homicídio
Por Hiago Muniz
A Polícia Civil do Tocantins, por meio da Delegacia Especializada de Polícia Interestadual, Capturas e Desaparecidos (Polinter), em ação conjunta com apoio da 7ª Divisão Especializada de Combate ao Crime Organizado (DEIC – Porto Nacional), da 81ª Delegacia de Ponte Alta do Tocantins, da 10ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher e Vulneráveis (DEAMV - Dianópolis) e da 14ª Central de Atendimento da Polícia Civil de Dianópolis, da Polícia Federal (PF), da Polícia Civil de Goiás (PCGO) e da Polícia Militar do Pará (PMPA), realizou a prisão de cinco estupradores e um homicida foragidos da Justiça do Tocantins.
A ação faz parte da Operação Caminhos Seguros, que tem como objetivo intensificar o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes e promover o cumprimento de mandados judiciais em aberto.
A operação foi deflagrada após troca de informações entre as forças policiais, o que possibilitou a localização precisa dos alvos. No dia 15 de maio, F.C.A., de 26 anos, foi preso pela Polícia Militar do Pará, no município de Xinguara (PA), em cumprimento a mandado de prisão preventiva expedido pelo Juízo da Comarca de Xambioá, pela prática de estupro de vulnerável. No dia seguinte, 16 de maio, S.I.S., de 60 anos, foi capturado pela Polícia Federal em Palmas, com mandado de prisão decorrente de sentença condenatória definitiva, expedido pela 2ª Vara Criminal da Capital, pelo mesmo tipo penal.
Já no dia 23 de maio, outras três prisões foram efetuadas. J.P.C.N., de 69 anos, foi localizado pela Polícia Civil de Mato Grosso, no Distrito de Fontoura, em São José do Xingu (MT), em cumprimento a mandado expedido pela Comarca de Cristalândia (TO), também por estupro de vulnerável. No mesmo dia, M.B.F., de 56 anos, foi preso em Ponte Alta do Tocantins por equipes da 81ª DP e da DEIC - Porto Nacional, em decorrência de condenação definitiva proferida pelo Juízo da Comarca local.
Também no dia 23, D.A.M.M., de 46 anos, foi capturado por policiais civis da 101ª Delegacia de Dianópolis, por força de mandado expedido pela Vara Criminal de Violência Doméstica e Juizado Especial de Dianópolis, igualmente por estupro de vulnerável.
Ainda durante a operação, a Polinter efetuou a prisão de E.G.A., de 33 anos, que estava refugiado em Palmas. Contra ele havia mandado de prisão expedido pelo Poder Judiciário de Goiás, pela prática de homicídio no município de Mara Rosa (GO).
A Polinter destaca que a operação demonstra o compromisso da Polícia Civil do Tocantins com a responsabilização de autores de crimes graves, como estupro de vulnerável e homicídio. Além disso, a troca de informações entre as instituições e a cooperação interestadual e federal foram determinantes para o cumprimento dos mandados de prisão.
Dupla integra uma organização criminosa oriunda do Paraná
Da Assessoria
A Polícia Civil do Tocantins, por meio da 1ª Delegacia de Polícia de Palmas, identificou e abordou nesta quarta-feira, 14, dois suspeitos de praticar diversos furtos qualificados em veículos na capital. Os investigados C.A.A.B e S.P.J., de 28 e 35 anos respectivamente, foram abordados pelos oficiais investigadores da 1ª DP, nas imediações de uma loja de departamentos, no Plano Diretor Sul. Eles foram conduzidos à sede da unidade policial, onde foram formalmente interrogados e depois liberados, uma vez que não houve flagrante.
O delegado-chefe da 1ª DP, Ricardo Real, explica que as investigações apontaram que a dupla tem como modus operandi, o uso de um dispositivo eletrônico conhecido como "chapolim", utilizado para bloquear o sinal do controle dos veículos, impedindo o travamento das portas. “Assim, os criminosos conseguiam subtrair pertences do interior dos automóveis sem deixar vestígios de arrombamento”, explica.
Um dos delitos investigados resultou em um prejuízo estimado em R$ 120 mil para a vítima, configurando um dos maiores furtos registrados nos últimos meses na Capital. O caso vinha sendo apurado detalhadamente pela equipe da 1ª DP, com o auxílio de imagens de videomonitoramento e diligências investigativas em estabelecimentos comerciais e redes bancárias.
“As investigações revelaram ainda que os suspeitos integram uma associação criminosa especializada em furtos no interior de veículos, cujos membros são oriundos do Estado do Paraná. O grupo se deslocava até Palmas por via aérea e se hospedava em hotéis da cidade exclusivamente para cometer os crimes. Os investigados possuem extensa ficha criminal, com condenação por delitos patrimoniais anteriores e homicídio”, destaca.
O delegado destaca ainda que as investigações continuam. “A Polícia Civil reafirma seu compromisso com o combate à criminalidade patrimonial, e informa que as investigações seguem em curso com o objetivo de identificar outros envolvidos e desarticular completamente a quadrilha”, conclui.