STF impõe prazo de 10 dias para PF ouvir Bolsonaro e filho sobre atuação nos EUA s2734

A Pedido da PGR, Polícia Federal deve investigar redes sociais de Eduardo Bolsonaro e colher depoimentos

 

 

Por Ellen Travassos

 

 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta segunda-feira (26) que a Polícia Federal (PF) ouça o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no prazo de 10 dias como parte de um inquérito que investiga uma suposta trama contra a corte.

 

Eduardo está licenciado do cargo e mora nos Estados Unidos desde fevereiro. Jair Bolsonaro deverá prestar esclarecimentos sobre o apoio financeiro que viabilizou a permanência do filho no país

 

A decisão atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que aponta indícios de conduta com potencial benefício político e financeiro aos investigados.

 

Segundo a PGR, Eduardo Bolsonaro vem anunciando publicamente a obtenção de medidas punitivas do governo norte-americano contra integrantes do sistema de Justiça brasileiro, incluindo cancelamento de vistos, bloqueio de bens e restrições comerciais.

 

Essas declarações, feitas principalmente em redes sociais e entrevistas, teriam como objetivo pressionar o andamento de processos judiciais, em especial a Ação Penal que investiga Jair Bolsonaro por suposta liderança de organização criminosa.

 

Além dos depoimentos, a Justiça autorizou o monitoramento e a preservação de publicações feitas por Eduardo Bolsonaro em redes sociais que tenham relação com o caso. Como o deputado está fora do Brasil, o STF permitiu que seu depoimento seja prestado por escrito e que ele seja notificado por meios eletrônicos.

 

Também deverá ser ouvido o deputado Luiz Lindbergh Farias (PT-RJ). O Ministério das Relações Exteriores foi acionado para indicar quais autoridades diplomáticas brasileiras nos EUA podem auxiliar nos procedimentos.

 

 

Posted On Terça, 27 Mai 2025 03:21 Escrito por O Paralelo 13

Por que STF abriu inquérito contra Eduardo Bolsonaro 4k1s2u

O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu nesta segunda-feira (26/5) inquérito contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP)

 

 

 

Com BBC Brasil 

 

 

 

O pedido de investigação foi protocolado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no domingo (25/5).

 

A decisão de abrir inquérito foi do presidente do Supremo, o ministro Luis Roberto Barroso, e o relator da investigação é o ministro Alxandre de Moraes.

 

Um dos três filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Eduardo será investigado por sua atuação nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. Em março, ele anunciou licença do seu mandato parlamentar para morar nos Estados Unidos, onde já estava desde fevereiro.

 

Quando anunciou a decisão, Eduardo criticou Moraes, que tornou réu Jair Bolsonaro por suposta tentativa de golpe em 2022.

No domingo, após a denúncia protocolada pela PGR, Eduardo publicou um vídeo em sua conta no X, dizendo que "a esquerda ou anos viajando o mundo para afalar mal da Justiça brasileira".

 

"E agora eu, que denuncio as verdadeiras violações de direitos humanos e perseguições políticas, essas mesmas pessoas pedem para que o Moraes confisque o meu aporte e me prenda por abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Dá para acreditar?", disse Eduardo Bolsonaro.

Na denúncia, a PGR diz que, desde o início do ano, Eduardo diz publicamente que está á se dedicando a conseguir do governo dos Estados Unidos a imposição de sanções contra integrantes do Supremo, da PGR e da Polícia Federal, "pelo que considera ser uma perseguição política a si mesmo e a seu pai".

 

Segundo a PGR, essas manifestações do deputado licenciado estão se tornando mais intensas à medida que o inquérito do golpe avança.

 

"Há um manifesto tom intimidatório para os que atuam como agentes públicos", diz o documento assinado pelo Procurador-Geral da República, Paulo Gonet.

 

Gonet afirma que Eduardo Bolsonaro diz ter influência junto às autoridades americanas e, com isso, ameaça cassação de visto de entrada nos EUA e bloqueio de bens e valores naquele país.

 

Na denúncia, Gonet menciona publicações de Eduardo Bolsonaro com as ameaças às autoridades brasileiras e as declarações do governo americano em concordância com o deputado brasileiro. "Em 22.5.2025, o Secretário de Estado do governo americano confirmou a possibilidade de imposição dessas sanções a autoridades brasileiras, tão aplicadamente requisitadas pelo sr. Eduardo Bolsonaro", diz Gonet.

 

"As retaliações buscadas, concatenadas e anunciadas intrepidamente contra as autoridades responsáveis pela condução dos casos mencionados nesta peça se assomam como graves atos de interferência sobre o livre exercício dos Poderes Constitucionais."

 

Por último, Gonet pede que, além de Eduardo, Jair Bolsonaro também seja ouvido, "dada a circunstância de ser diretamente beneficiado pela conduta descrita e já haver declarado ser o responsável financeiro pela manutenção do sr. Eduardo Bolsonaro em território americano".

 

Após o anúncio da abertura do inquérito, o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, disse, em sua conta no X, que trata-se de "mais um capítulo da perseguição institucional contra parlamentares que ousam enfrentar o sistema".

 

Desde que Donald Trump tomou posse como presidente dos EUA, em janeiro deste ano, Eduardo Bolsonaro fez ao menos quatro viagens ao país. Na última, em fevereiro, acabou ficando por lá.

 

Na época, disse que ficaria nos EUA para se dedicar em tempo integral a convencer o governo Trump a atuar pela anistia aos envolvidos nos ataques do 8 de janeiro no Brasil e para obter sanções a Moraes.

 

"Você acha que o Trump vai deixar que o Brasil copie a Venezuela e mantenha inelegível um dos principais opositores de um governo de esquerda?", questionou ele à BBC News Brasil, em fevereiro, sem explicar de que maneira Trump poderia reabilitar Bolsonaro na urna eletrônica em 2026, já que o ex-presidente está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

 

 

Posted On Segunda, 26 Mai 2025 15:22 Escrito por O Paralelo 13

Dino comunica TSE para cumprir decisão que levará a troca de deputados 6w2d4f

O STF mudou os critérios para distribuição das chamadas sobras eleitorais, com efeitos retroativos às eleições de 2022

 

 

Por Isadora Teixeira Manoela Alcântara

 

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino determinou, nesta sexta-feira (23/5), a comunicação da presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, sobre a decisão a respeito das sobras eleitorais. A partir do novo entendimento do STF, sete deputados federais podem perder o mandato.

O STF invalidou legislação que fixou entendimento de que só poderiam concorrer às sobras os partidos que obtivessem ao menos 80% do quociente eleitoral – divisão dos votos válidos recebidos pela quantidade de vagas. Além disso, os candidatos deveriam somar votos em número igual ou superior a 20% do quociente.

 

A Câmara dos Deputados recorreu, na segunda-feira (19/5). O órgão tenta impedir a troca de sete deputados ao pedir que o STF aplique o entendimento a partir das eleições de 2024, e não de 2022.

 

Segundo a Câmara dos Deputados, ao acolher os embargos de declaração da Rede Sustentabilidade, Podemos e PSB, para dar efeito retroativo à decisão, o Supremo “inaugura frontal contradição com o que já fora definitivamente julgado na ADI 7.325, sem que tenha havido qualquer modificação fática, normativa ou institucional que autorizasse a rediscussão da matéria”.

 

Flavio Dino ministro do STF

“A tentativa de retroagir os efeitos da declaração de inconstitucionalidade, por meio de embargos de declaração com efeitos modificativos, sem fundamento jurídico novo e sem mudança no cenário normativo ou fático, configura violação não apenas ao instituto da coisa julgada, mas também à coerência institucional das decisões do Tribunal, ferindo de morte a confiança legítima dos jurisdicionados e o equilíbrio da representação parlamentar”, declarou.

 

Os embargos de declaração da Câmara ainda não foram analisados.

Com a decisão do STF, de março de 2025, sairiam os deputados Professora Goreth (PDT-AP), Silvia Waiãpi (PL-AP), Sonize Barbosa (PL-AP), Dr. Pupio (MDB-AP), Gilvan Máximo (Republicanos-DF), Lebrão (União Brasil-RO) e Lázaro Botelho (Progressistas-TO).

 

No lugar desses parlamentares, assumiriam o mandato: Professora Marcivânia (PCdoB-AP), Paulo Lemos (PSol-AP), André Abdon (Progressistas-AP), Aline Gurgel (Republicanos-AP), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Rafael Bento (Podemos-RO) e Tiago Dimas (Podemos-TO).

 

 

 

Posted On Sábado, 24 Mai 2025 06:31 Escrito por O Paralelo 13

Projeto Minicidadão beneficia estudantes de escola municipal da região sul de Palmas 5g5m6r

O Projeto Minicidadão alcançou sua terceira edição em 2025 com a realização de mais uma ação voltada à emissão gratuita da Carteira de Identidade Nacional (CIN) para crianças de 0 a 12 anos matriculadas na rede pública de ensino de Palmas

 

 

Da Assessoria

 

 

A iniciativa, que aconteceu nesta quarta e quinta-feira, 21 e 22, na Escola Municipal Aurélio Buarque de Holanda, no Aureny I, é promovida pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO), por meio do Centro de Apoio Operacional do Consumidor, da Cidadania, dos Direitos Humanos e da Mulher (Caoccid).

 

A ação busca garantir a inclusão cidadã de crianças que ainda não possuem a CIN. Para além disso, o projeto também possui foco na prevenção e segurança, pois é uma estratégia articulada dentro do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (Plid), coordenado pelo MPTO.

 

Ao todo, 133 crianças foram atendidas nesses dois dias de ação, perfazendo um total de 1.800 crianças beneficiadas desde o ano de 2023.

 

“É uma forma de o Ministério Público fomentar ações de cidadania em parceria com outras instituições, buscando alinhar esforços para que esses serviços cheguem, de fato, às populações que mais precisam”, avaliou o assistente de órgãos auxiliares do Caoccid, Fáustone Bandeira.

 

Além do MPTO, o projeto conta com a parceria da Secretaria da Segurança Pública do Tocantins (SSP/TO), Receita Federal e órgãos ligados à educação municipal e estadual.
A diretora da unidade de ensino contemplada, Denilde Vargas, afirma que o projeto é de “fundamental importância, pois garante que as crianças tenham o à CIN, facilitando o reconhecimento na sociedade”.

 

A presença de diferentes instituições públicas no ambiente escolar tem fortalecido o alcance e a efetividade do projeto, aproximando os serviços do cotidiano das famílias e promovendo a cidadania desde a infância. “É uma iniciativa louvável que realmente faz a diferença na vida dessas crianças e de suas famílias”, completou a diretora.

 

A emissão dos documentos acontece dentro das escolas, de forma simples e ível, permitindo que os estudantes recebam os registros sem que os pais precisem se deslocar até outros pontos da cidade. A iniciativa contribui não apenas com a segurança individual das crianças, como também com o o a políticas públicas e programas sociais que exigem documentação regular.

 

Lorenna Monalisa é moradora do Aureny I; sua filha, Milena Rezende, é estudante do 2º ano do ensino fundamental na escola e não pensou duas vezes quando soube da ação. “É muito importante para nós, porque nos ajuda a ter um o mais rápido à documentação da criança e contribui diretamente para tornar todo o processo mais ágil”, destacou.

 

Além dela, Aderlane Ribeiro, que também é mãe de uma estudante da unidade, louvou a ação: “É muito importante, porque muitos pais não conseguem faltar ao trabalho para levar os filhos para tirar a identidade. Muitos relatam dificuldade para conseguir emitir o documento. Então achei muito legal. Facilita muito nossa vida”, afirmou.

 

 

Posted On Sábado, 24 Mai 2025 06:29 Escrito por O Paralelo 13

ONGs pedem ao STF para que governo volte a divulgar 16 milhões de documentos sobre obras 2i6d5s

Governo ou a ocultar documentos incluídos nos processos de liberação de verbas a estados, municípios e entidades privadas

 

 

Por Fellipe Sampaio

 

 

As ONGs (organizações não governamentais) Transparência Brasil, Contas Abertas e Transparência Internacional Brasil apresentaram um pedido ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino nesta quarta-feira (21) para que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva restabeleça a transparência e permita o aos mais de 16 milhões de documentos sobre obras, rees e emendas que estão impossíveis de serem ados desde maio de 2024.

 

O MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos), responsável pela plataforma Transferegov, usada na gestão e na transparência dos recursos federais, ou a ocultar os documentos incluídos nos processos de liberação de verbas a estados, municípios e entidades privadas.

 

A pasta comandada pela ministra Esther Dweck argumenta que muitos documentos contêm informações sensíveis, como dados pessoais de servidores públicos, e a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) impede a divulgação dessas informações. Sob esse pretexto, o governo impediu o o à íntegra de 16 milhões de documentos que explicam o uso do dinheiro público no país inteiro.

 

Na petição encaminhada a Dino, que é relator de ações sobre falta de transparência e esquemas na destinação de emendas parlamentares, as ONGs apontaram que a “decisão do MGI pela limitação do o aos documentos contraria as boas práticas de harmonização entre os direitos de proteção a dados pessoais e de o à informação”.

 

Além de pedirem pela volta da divulgação dos documentos, as ONGs querem que o governo Lula detalhe qual solução tecnológica desenvolveu neste um ano de restrição para adequar a divulgação das informações à LGPD.

 

Outra cobrança é para que o MGI apresente um cronograma com a previsão de implementação do serviço que vai tarjar informações pessoais contidas nos documentos.

 

“A restrição total do o aos documentos é, portanto, uma decisão desproporcional: trata-se de uma solução que gera extenso, prolongado e grave prejuízo ao interesse público em nome da proteção de direito individual”, argumentaram as ONGs na petição.

 

As organizações ainda citaram que o movimento do governo descumpre decisão do STF, em abril deste ano, que impôs a divulgação de relatórios de gestão das emendas Pix, uma dentre vários tipos de emendas cujos documentos são impossíveis de serem ados atualmente.

 

Os documentos vetados pelo MGI contêm detalhes sobre a execução do recurso e os objetivos da ação financiada pela transferência de verbas do governo federal.

 

 

 

Posted On Quinta, 22 Mai 2025 05:02 Escrito por O Paralelo 13
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